A Fundação Nacional de Artes – Funarte, por meio do programa Arte de Toda Gente, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), homenageia os 100 anos da Semana de Arte Moderna com uma série de eventos ao longo de 2022.
A agenda promove as áreas de pintura, escultura, arquitetura, música, dança e literatura, tal qual a programação originalmente realizada em São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922. Na ocasião, os organizadores sinalizavam para o rompimento com a arte acadêmica e o compromisso com a independência cultural, além da valorização de uma arte “mais brasileira”. As ações realizadas pela Funarte e UFRJ também poderão ser assistidas pelo canal da Fundação e do Arte de Toda Gente no YouTube.
Os 100 Anos da Semana de Arte Moderna
O Teatro Dulcina, no Centro do Rio de Janeiro, recebe dois concertos em comemoração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna, tendo como foco duas linguagens artísticas que também fizeram parte do evento em 1922: a literatura e a música.
O primeiro concerto, dia 18 de fevereiro, às 19h, tem por tema A poesia modernista na canção de câmara brasileira. Na apresentação, o barítono Inacio de Nonno e a pianista Caroline Barcellos abordarão um amplo repertório produzido por compositores de diferentes gerações, que traduziram em música poesias de autores como Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes.
No dia 19 de fevereiro, também às 19 horas, o segundo concerto é centrado no repertório instrumental e tem por tema O Modernismo antes e depois da Semana de 22, que procura mostrar que a tendência já se fazia presente nas artes brasileiras antes do evento em São Paulo. O programa é centrado na obra de Villa-Lobos, único compositor convidado em 1922 e que ocupou boa parte da programação.
O evento 100 Anos da Semana de Arte Moderna é fruto de ações dos três projetos que integram o Arte de Toda Gente (ATG), programa da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): Bossa Criativa, Um Novo Olhar (UNO) e Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos).
Serviço – Programação gratuita
Dia 18 de fevereiro (sexta-feira), às 19h
Poesia modernista na canção de câmara brasileira
1- Caio Senna (1959) – Pneumotórax (Manuel Bandeira)
2- Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948) – Toada pra você (Mário de Andrade)
3- Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Seresta nº 6 Na paz do outono (Ronald de Carvalho)
4- Ronaldo Miranda (1948)
I- Desenho leve (Cecília Meireles)
II- Retrato (Cecília Meireles)
5- João Guilherme Ripper (1959)
I- Alumbramento (Manuel Bandeira)
II- Confidência (Manuel Bandeira)
III- Rondó de Colombina (Manuel Bandeira)
6-Claudio Santoro (1919-1989)
I- Balada da flor da terra (Vinícius de Moraes)
II- Amor em lágrimas (Vinícius de Moraes)
III- Luar do meu bem (Vinícius de Moraes)
7- César Guerra-Peixe (1914-1993) – Vou-me embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira)
8- César Guerra-Peixe
I – Rapadura (Carlos Drummond de Andrade)
II- Canção amiga (Carlos Drummond de Andrade)
III- Festa no brejo (Carlos Drummond de Andrade)
Inacio de Nonno (barítono) e Caroline Barcellos (piano)
Dia 19 de fevereiro (sábado), às 19h
O Modernismo antes e depois da Semana de 22
1- Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Três números da Prole do Bebê nº1 (1918)
I – A Branquinha
II- A Mulatinha
III- O Polichinelo
Cristiano Vogas (piano)
2- Heitor Villa-Lobos – Choros nº 2 (1924) – obra dedicada a Mário de Andrade
Sofia Ceccato (flauta) e Márcio Costa (clarineta)
3- Heitor Villa-Lobos – Três Danças Características Africanas para octeto (1914/15-1920)
I- Farrapós
II- Kankikís
III- Kankukús
Sofia Ceccato (flauta), Márcio Costa (clarineta), Cristiano Vogas (piano), Tomaz Soares (violino), Luísa de Castro (violino), Clara Santos (violino e viola), Daniel Silva (violoncelo), Rodrigo Favaro (contrabaixo) – Regente: Thiago Santos
4- Luciano Gallet (1893-1931) – Suíte Popular (1929)
I- Dobrado
II- Tanguinho
III- Polca
IV- Seresta
V- Maxixe
Carolina Chaves (flautim), Sofia Ceccato (flauta), Márcio Costa (clarineta), Pedro Bittencourt (saxofone), Ezequiel Freire (trompete), Everson Moraes (trombone), Cristiano Vogas (piano), Tomaz Soares (violino), Luísa de Castro (violino), Clara Santos (violino e viola), Daniel Silva (violoncelo), Rodrigo Favaro (contrabaixo) – Regente: Thiago Santos
Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Telefone: (21) 2240 4879
(Próximo ao VLT e ao Metrô Cinelândia)
A programação dos demais eventos será divulgada em breve!