Da união dos sagrados Pretos Velhos às personalidades negras históricas do Brasil durante a diáspora africana no Atlântico Sul, a exposição “Cachimba” marca a estreia da artista plástica gaúcha Luanda no Rio, cidade onde ela é radicada.
Reunindo séries inéditas, na qual incorpora arte, história e religiosidade de matriz africana, a mostra remete a “ressignificações das ancestralidades e reflexões sobre a intolerância religiosa”. A abertura será na próxima sexta-feira (10/6), no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab).
– A exposição nasceu da necessidade de expandir o campo do letramento afro para uma fusão de ideias da história com a religiosidade de matriz africana, que culminará na valorização da cultura e história afro-brasileira, como um todo – diz a artista.
O público verá duas linhas narrativas: “Histórias de Liberdade e Guias”, que consiste em um conjunto de pinturas-instalações e esculturas; e “Kalunga”, composta de pinturas de grandes dimensões – série que contextualiza a travessia do Atlântico, levando o espectador a pensar em um hiato que é, ao mesmo tempo, a conexão entre América (Atlântico) e África.
As obras foram criadas após o doutorado em artes, “Kalunga mu kizua — O mar em tempo” (2021), na Escola de Belas Artes da UFRJ. Há cinco anos, Luanda se debruça sobre o tema “arte e terreiro”. Um dos personagens retratados nesta mostra inédita é o advogado Luiz Gama (1830-1882), retratado como Pai Cipriano.
Serviço:
Artista: Luanda – Exposição “Cachimba”
Data: 10/06 a 23/07/2022
Horário: Visitação de quinta a sábado, das 10h às 17h
Local: Muhcab – Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Sala Mercedes Batista) – Rua Pedro Ernesto 80, Gamboa
Evento Gratuito