Celebra-se nesta terça-feira, dia 2 de novembro a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, quando a Igreja convida, com maior insistência, a rezar e a oferecer sufrágios pelos fiéis defuntos do purgatório.
Com esses irmãos, que “também, participaram da fragilidade própria de todo o ser humano, sentimos o dever – que é ao mesmo tempo uma necessidade do coração – de oferecer-lhes a ajuda afetuosa da nossa oração, a fim de que qualquer eventual resíduo de debilidade humana, que ainda possa adiar o seu encontro feliz com Deus, seja definitivamente apagado” (São João Paulo II, no Cemitério em Madri, 02/11/1982).
No dia 1º de novembro, celebrou-se a Solenidade de Todos os Santos. Segundo o assistente eclesiástico do Ministério da Consolação e Esperança, padre Pedro Paulo Alves dos Santos, é o dia da festa escatológica da Igreja, o dia em que a Igreja vê, como no Apocalipse, a multidão que segue o Cordeiro aonde ele vai. Uma multidão vitoriosa, após o martírio através da cruz.
“É um dia importante porque os santos nos recordam a comunhão com Deus, mas também a comunhão conosco através da intercessão. É um dia de consolo e de vitória que ilumina o dia 2 de novembro, a comemoração de todos os finados”. “O Dia de Finados significa a participação na Ressurreição de Cristo. Só Cristo e Sua Mãe Santíssima ressuscitaram, enquanto nós também iremos ressuscitar um dia. O Apóstolo São Paulo, na Carta aos Romanos, diz que já ‘fomos salvos, mais na esperança’. Nós temos esperança dada por Cristo que não morreremos definitivamente e que o juízo positivo sobre a nossa vida, que chamamos de céu ou mesmo o purgatório, que é a esperança do céu que vai realizar-se plenamente”. “Os mortos poderão, como nós desejamos em todos os funerais, descansar na paz e ser iluminados por Deus”, disse o padre Pedro Paulo.
Ele explicou que a Igreja não inventou o cemitério, mas o cristianismo reinventou o cemitério a partir da ressurreição de Cristo. “O cemitério não é só o lugar da memória do seu sentido originário, isto é o passado. Quando se vai em um cemitério já está o nosso passado, os nossos antepassados que morreram, com seus restos mortais. Quando vamos ao cemitério a partir de Cristo, lá estão aqueles que morreram e esperam o Chamado de Cristo. O cemitério é antessala da ressurreição, do juízo final”, disse. “É preciso ter respeito e cuidado com os restos mortais”, observou padre Pedro Paulo. Ele assegurou que a Igreja não aceita de forma alguma que se tenha uma disposição leviana com as cinzas. Que não se deve jogar em jardins ou no mar, mas devem ser guardadas. “Ao chamado de Cristo, quando os anjos nos convocarem, todos estaremos diante do Cordeiro de Deus recebendo a coroa final da vitória ou, infelizmente, a condenação definitiva.
O Dia de Finados é um dia de memória, de respeito e de oração, sobretudo, um dia de profunda esperança. Viver na esperança para um dia ter a vida reconhecida por Deus. A ressurreição é o reconhecimento salvífico do valor da nossa vida”, finalizou.
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